sábado, 24 de março de 2018

Educa.com - 23.03.2018 - Conselho do Funndeb aprova contas com 1100 irregularidades


Edição Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 23 de Março 2018N º 405

 
SINDICATO VAI LEVAR O CASO PARA O MINISTÉRIO PÚBLICO:
CONSELHO DO FUNDEB APROVA CONTAS
DE 2017 COM 1100 IRREGULARIDADES

O conselho Municipal de Acompanhamento do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) aprovou nesta quinta (22), a prestação de contas da Prefeitura de Uberaba na área educacional de 2017. Mesmo com 1100 irregularidades detalhadas no pagamento dos educadores, a maioria dos conselheiros aprovou as contas sem qualquer ressalva sobre a questão. O único voto contrário à aprovação foi da representante dos educadores. A irregularidade já demonstrada é o uso de abonos e progressões na carreira para atingir o piso salarial proporcional do magistério. A prática é proibida pela lei do piso desde 2009. Conferir a remuneração das educadoras é uma das funções do Conselho de Acompanhamento do Fundeb. Segundo a lei 10.140/2007, sem seu artigo 6º - inciso VI, é função do Conselho “exigir a elaboração, se for o caso, e o fiel cumprimento do Plano de Carreira e Remuneração do Magistério”. A diretoria do Sindemu vai levar o caso para o Ministério Público.

Rede Particular: Patronal quer retirar direito à bolsa de estudo - Os direitos dos professores da rede particular consagrados na Convenção Coletiva há mais de cinquenta anos estão ameaçados na Campanha Salarial deste ano, a primeira após a reforma trabalhista. Apesar das negociações terem iniciado em 2017, o Sindicato patronal (Sinepe MG) manifestou na última reunião com o Sinpro MG a intenção de retirar o benefício da bolsa de estudo dos trabalhadores. O benefício somente seria mantido para os professores com filho no mesmo estabelecimento de ensino. Outros direitos dos professores estão na mira do patronal: fim da homologação no sindicato; alteração nas férias dos professores com volta ao trabalho no dia 25 de janeiro; salário menor e fim da limitação no número de alunos para o ensino à distância, alteração no adicional por tempo de serviço e na cláusula de irredutibilidade. Para a regional do Sinpro, ficou envidenciado a necessidade de comparecimento e mobilização para manter os direitos conquistados ao longo de décadas. Em Uberaba, a assembleia será realizada sábado, dia 24 às 09h  na sede do Sinpro Minas – Rua Alfém Paixão, 105. A categoria reivindica manutenção dos atuais direitos, recomposição salarial e aumento real nos salários. Com informações do Sinpro Minas

CONJUNTURA
g  PAIS TENTAM BOICOTAR LIVRO DE PRINCESAS AFRICANAS – “Iemanjá abriu a boca, saíram dela milhares de estrelinhas”, esta é uma frase do livro de uma escritora com doutorado na USP, recomendado pelo MEC. Os pais boicotaram, mas o livro foi mantido graças à resistência de uma das mães. Leia
g  DIA 3: CONFERÊNCIA ABORDA MUNDO DO TRABALHO – Evento na Universidade de Uberlândia é uma parceria da UFU com a CTB Minas, Sinpro Minas e Sindicato dos Jornalistas. Leia

Greve no Estado está mantida; dia 4 tem nova assembleia – Trabalhadores e trabalhadoras em educação lotaram o pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, na quinta (22), para a assembleia estadual. Após apreciar as propostas apontadas pelo Ministério Público Estadual, na reunião de mediação do último dia 21 a categoria votou pela continuidade da greve. O termo de ajustamento de conduta do Ministério Público propõe doze obrigações para o Estado e dois para o Sindicato. O Ministério Público condiciona o acordo à suspensão do movimento grevista e o cumprimento do calendário escolar. Na avaliação da assembleia estadual a proposta não atende à categoria e a greve não pode ser suspensa neste momento para forçar o avanço das negociações. Uma nova assembleia foi marcada para 4 de abril. Fonte: SindUte.

Brasil: Número de professores com transtornos mentais dobra – Uma recente pesquisa divulgada pela Globonews afirmou que o número de professores de escolas estaduais afastados por transtornos mentais ou comportamentais quase dobrou entre 2015 e 2016. De acordo com a apuração no ano de 2015, cerca de 26 mil professores apresentaram algum tipo de problema. Em 2016 esse número chegou a 50.046. No ano de 2017, até setembro, houve 27.082 afastamentos de docentes. Outra pesquisa realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com mais de 100 mil professores e diretores de escolas do segundo ciclo de ensino fundamental revela que o Brasil é o país que tem o maior índice de violência contra professores. A enquete foi feita com 34 países e constatou que 12,5% dos professores brasileiros já foram vítimas de agressões verbais ou intimidação de alunos pelo menos uma vez na semana. Outra pesquisa denominada Trabalho Docente na Educação Básica do Brasil revela que depressão, ansiedade, nervosismo e estresse são algumas das principais causas que levam ao afastamento de professores. Em declaração a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) afirma que a categoria sofre muito estresse devido à quantidade de alunos em sala de aula, baixa remuneração e pelas más condições de trabalho. Fonte: Psicologias do Brasil

NOTA PÚBLICA DA CNTE: RESULTADOS PRELIMINARES DO CENSO ESCOLAR 2017
Medidas estão sendo tomadas para fechar escolas – Os esforços de cobrança e pressão social para cumprir as metas do PNE e dos planos estaduais de educação devem partir, sobremaneira, da ação dos movimentos organizados da sociedade, já que, como bem é sabido, o atual governo federal e muitos dos governos estaduais não têm a menor preocupação em cumpri-las. Ao contrário, medidas estão sendo tomadas para que escolas sejam fechadas em todo o país, evidenciadas pelo próprio Censo aqui divulgado, negando, ao fim e ao cabo, o direito constitucional à educação. Por outro lado, toda essa discussão de financiamento padece da necessidade premente de se revogar a Emenda Constitucional nº 95/2016, a primeira medida do governo golpista, usurpador e corrupto de Temer. Proposto por esse normativo, o limite imposto de investimento na educação, por um período de 20 anos, tem o condão de asfixiar os sistemas de ensino no Brasil, fomentando o aumento da participação do setor privado na oferta da educação básica brasileira. Fonte: CNTE

40% do ensino médio poderá ser cumprido à distância - Finalmente aparecem, aos poucos, as verdadeiras razões que estão na base da pressão pela rápida reforma do ensino médio. O CNE – Conselho Nacional de Educação – quer liberar até 40% da carga didática do ensino médio (de qualquer disciplina) para o ensino à distância. Com a medida, dois dias da semana dos alunos seriam cumpridos fora da escola. A medida deverá promover a segregação escolar de forma mais nítida, criando escolas “on line” de baixo custo (e de baixa qualidade) para os mais pobres e mantendo a escola regular cada vez mais para as classes mais bem posicionadas financeiramente (principalmente aquelas em que os filhos não precisem trabalhar para sobreviver). De quebra, irá deslocar, com o tempo, o financiamento da educação para a iniciativa privada retirando recursos da escola pública e sua expansão. Em nota oficial o MEC negou partir do governo Temer a iniciativa pela liberação de 40% do ensino médio na modalidade ensino a distância. Segundo o MEC o Conselho Nacional de Educação desenvolveu esta iniciativa autonomamente. Em entrevista, o Ministro da Educação adiantou que pretende vetar a medida caso chegue ao governo a proposta. Fonte: Blog do Freitas
Reforma da Previdência: Globo abocanhou 1/3 de publicidade – A intensa empreitada do governo Temer para aprovar a reforma da Previdência nadou, nadou e morreu na praia. Mas, antes, deixou mais gordos os cofres do maior conglomerado de mídia do país. Dados conseguidos pela agência Livre.jor com a Secretaria de Comunicação da Presidência, via Lei de Acesso à Informação, revelam que o Grupo Globo faturou R$ 38,6 milhões. O valor equivale a pouco mais de um terço de tudo o que foi gasto com a campanha publicitária: R$ 110 milhões. A propaganda pela reforma se arrastou na mídia de dezembro de 2016 a fevereiro deste ano. Agora, após o foco ter se voltado para a intervenção na Segurança Pública do Rio, os R$ 110 milhões foram praticamente jogados fora, já que estão congeladas mudanças na Constituição. Depois do Grupo Globo, o topo da lista da propaganda da reforma segue com a Record (R$ 12,1 milhões) e o SBT (R$ 9,8 milhões). Em janeiro, quando o governo ainda tentava um último fôlego para colocar o tema em votação no Congresso, Temer chegou a ir ao programa de Sílvio Santos, de quem ganhou uma nota de 50 reais no palco. Fonte: The intercept Brasil

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