Edição
Bragança Júnior (MG4731JP) - http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ - Uberaba, 28 de Abril 2018 – N
º 410
REDE
PRIVADA: GREVE EM BH ATINGE ESCOLAS E FACULDADES
ALUNOS
FICAM NO PÁTIO EM APOIO À GREVE
Os professores da PUC Minas aderiram ao movimento grevista da rede particular em Belo Horizonte por melhores condições de trabalho e contra a retirada de direitos. Os professores da escola Santo Agostinho central se somaram aos colegas das unidades de Contagem e de Nova Lima e também aderiram à greve. Na última sexta, estudantes da unidade da capital se recusaram a entrar em sala de aula e permaneceram no pátio da escola, num gesto de apoio à decisão dos professores. A greve na rede particular também atingiu outras escolas da região metropolitana, mesmo com relatos de pressão e assédio moral dos donos de escola que chegam ao Sinpro Minas. Pais e alunos também tem se manifestado a favor da greve. Em frente aos colégios Batista e São Miguel Arcanjo, na capital, pais fixaram faixas em apoio à greve. O Diretório Central dos Estudantes da PUC Minas também divulgou nota em apoio ao movimento, assim como diretórios acadêmicos de vários cursos. Já alunos do 3º ano do ensino médio do Marista Dom Silvério se recusaram a fazer provas aplicadas por monitores e fizeram um ato em frente à instituição de ensino. “O movimento está muito forte, e temos certeza de que, mais uma vez, a categoria dará mais esta aula de cidadania. Pais, alunos e professores estão mostrando de forma inequívoca que não vão aceitar esse tipo de tratamento por parte dos donos de escolas”, ressaltou Valéria Morato, presidenta da Sinpro Minas. Em assembleia esta semana, a greve foi mantida e nova assembleia marcada para segunda (30) às 17h30. Fonte: Sinpro Minas
Professores do Triângulo vão
avaliar indicativo de greve
– Sem avanço nas negociações entre o
Sindicato dos donos de escola do Triângulo e professores, a diretoria regional do
Sinpro deve seguir o exemplo de Belo Horizonte e levar o indicativo de greve
para a assembleia da categoria. A convenção coletiva de trabalho (CCT) dos
professores da rede privada está com todas as suas cláusulas garantidas até o
dia 18/5, prazo concedido pelo juiz do Tribunal Regional do Trabalho (TRT),
Antônio Gomes de Vasconcelos. Antes disso, está agendada nova negociação para o
dia três de maio para buscar resolver as pendências e nova reunião no TRT no
dia 10/5. Nas últimas assembleias, os professores rejeitaram a proposta de
retirada de direitos do Sinep TM e manifestaram a não aceitação de retirada de
direitos. É a primeira negociação salarial após a reforma trabalhista.
CONJUNTURA
g UM MILHÃO DE ESTUDANTES POBRES
DESISTEM NO ENEM – A causa foi curto prazo de inscrição
para o pedido de isenção e o fim da isenção automática aos estudantes de baixa
renda, alterações promovidas pelo governo Temer. Leia
g PETROBRÁS INDICA UM DA SHELL PARA SUA
ADMINISTRAÇÃO – “É como se colocassem o Eurico
Miranda, que já foi presidente do Vasco, para ser presidente do Flamengo",
diz representante da Federação Única dos Petroleiros (FUP). Leia
g ELETROBRÁS: PRIVATIZAÇÃO AUMENTARÁ
CONTA DE LUZ – Há um estudo da Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel) que aponta um aumento imediato de 17% da tarifa caso a
empresa seja privatizada. Leia
g O SILÊNCIA DA MÍDIA DIANTE DO
CRESCIMENTO DA DÍVIDA – Fracasso do receituário neoliberal e
interesses privados: dívida pública no Brasil durante o governo Temer saltou de
39,2%, em maio de 2016, para 52% do PIB em fevereiro de 2018. Leia
Denúncia ao prefeito: Pedagogas não tem 1/3 extraclasse - A jornada de
trabalho das coordenadoras pedagógicas continua sendo um problema na rede
municipal. Na prática, as coordenadoras pedagógicas cumprem tempo de efetivo
exercício na escola maior do que o previsto na lei do piso do magistério. A lei
determina 2/3 ou 66% do tempo nas atividades principais e 1/3 em atividades de
estudo, planejamento e outras atividades da função. Ocorre que as pedagogas
cumprem 1/4 ou 75% na escola para atividades principais e apenas 1/4 ou 25% de atividade
extraclasse. O Sindicato chegou a procurar a Secretaria da Educação para
maiores informações e não conseguiu ter uma resposta para o fato. Por ofício, o
Sindemu está denunciando a prática contrária à lei do piso para o prefeito e
solicitou informações para a ilegalidade. Em carta aberta, a categoria denunciou
desvalorização da função, sobrecarga de trabalho e desvio de trabalho para
funções não constante no plano de carreira. g SERVIDORES PÚBLICOS –
Os professores Adislau Leite, representando do Sindemu e Marcos Gennari
(diretor da CTB), participaram de encontro estadual na Assembleia Legislativa no
último dia 26, que tratou da organização dos servidores na atual realidade do
movimento sindical (Foto).
Visita do Sindemu: prédios escolares precisam de melhorias – A diretoria do
Sindicato dos Educadores enviou à Prefeitura de Uberaba o segundo relatório de
visitas às unidades educacionais. Identificou em três Cemeis (Maria
Emerenciana, Zita Terezinha e Vó Cida), a necessidade de adequação do número de
alunos por metro quadrado e de alunos por profissional em sala. Numa dessas
unidades foi verificada a necessidade de ampliação do espaço, troca do telhado,
retirada de mato e revitalização do parque infantil. Em outra unidade foi
constatada uma realidade complexa de insegurança, além das condições físicas
não atenderem as necessidades das crianças e das educadoras. Na escola rural
Celina de Paiva, a comissão do Sindemu sugere a urgente construção de um muro
para separar o local das chácaras vizinhas e atuação na comunidade para
estabelecer normas de cultivo de hortas e criação de animais de forma a não
prejudicar o local de estudo. Na escola Uberaba, a sugestão é construção de
espaços para melhor atender a comunidade, instituir um porteiro de acesso à
unidade para controle de entrada e saída, bem como maior auxílio da guarda municipal
nas imediações da escola.
NOTA:
CNTE AVALIA POLÍTICA NACIONAL DE FORMAÇÃO DOS PROFESSORES
Falta de habilitação ainda é grave na educação brasileira –
O
diagnóstico da formação docente no Brasil talvez seja um dos poucos dados de
confiabilidade da “nova” PNFP do MEC. Ele se pauta no Censo Escolar de 2016. Nos
anos iniciais do ensino fundamental, 44,6% dos docentes não possuem formação
específica para a área de conhecimento que atuam nas escolas. Nos anos finais
do ensino fundamental e no ensino médio, os/as professores/as que atuam com
habilitação própria para a área são minoria nas seguintes disciplinas: Língua
Estrangeira (47,6%), Educação Física (47,4%), História (42%), Ciências (41,9%),
Geografia (39,5%), Física (32,7%), Filosofia (31%), Sociologia (18,6%) e Artes
(17,2%). Em Matemática o percentual de habilitados é de 50,4%, em Química,
55,4%, em Língua Portuguesa, 59,2% e em Biologia, 78,7%. Em 2016, dos 2.196.397
docentes em exercício na educação básica pública, 6.043 possuíam apenas o
ensino fundamental, 488.064 detinham formação Normal em nível médio e 1.702.209
contavam com cursos superiores, sendo que 95.401 não eram licenciados (apenas
bacharéis) e outras centenas de milhares de licenciados não tinham a
habilitação própria para a área de atuação profissional. Diante desse cenário,
é óbvio que o Brasil precisa de uma urgente política nacional de formação de
professores para suprir as defasagens de postos de trabalho e para qualificar o
trabalho docente, assim como necessita ampliar em progressões geométricas a
formação profissional dos funcionários da educação, os quais somam quase 2,4
milhões de trabalhadores nas escolas públicas, sendo que apenas aproximadamente
100 mil obtiveram diplomas profissionalizantes de nível técnico. Pior:
dissociar a formação do/a professor/a da dos demais profissionais em educação,
desvinculando também a política formativa da valorização profissional,
certamente não levará a educação do país a patamares mais elevados de
qualidade, tampouco tornará atrativa e respeitada à carreira do magistério e
dos demais profissionais da educação aos jovens egressos do ensino médio. Fonte: CNTE
MP perdeu a validade: Desmonte trabalhista volta a ser
total! - A Medida Provisória (MP) 808, que alterava itens
da "reforma" trabalhista, perdeu validade nesta segunda (23) por
absoluto desinteresse da Câmara dos Deputados e nenhum empenho do governo,
apesar de promessa feita durante a tramitação do projeto aprovado em 2017. Com
isso, fica valendo a lei na íntegra, inclusive com pontos criticados por
governistas, como o trabalho intermitente sem amarras, a possibilidade de
mulheres e gestantes atuarem em locais insalubres e a jornada 12x36 apenas por
acordo individual. Durante a tramitação do texto no Senado, o governo acenou
com uma medida provisória, que "corrigiria" algumas partes
criticadas, para que o projeto original não tivesse de voltar para a Câmara,
retardando a sua aprovação. O Senado abriu mão de legislar e aceitou aprovar o
texto na íntegra. A MP saiu, mas a comissão especial mista criada para
apreciá-la nunca se reuniu. O presidente eleito renunciou, e não foi escolhido
relator. Esquecida, caducou. Na Câmara, deputados afirmaram que o
"acordo" envolvia apenas Executivo e Senado. Fonte: Rede Brasil Atual.
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