sexta-feira, 22 de março de 2019

Educa.com - 22.03.2019 - Capitalização é o pior item da reforma





http://blogeducapontocom.blogspot.com.br/ Edição: Bragança Júnior (MG4731JP)
Uberaba, 22 de março de 2019Nº 450

BRASIL QUER COPIAR MODELO QUE FRACASSOU NO CHILE
CAPITALIZAÇÃO É PIOR ITEM DA REFORMA
Na capitalização individual, cada trabalhador contribui mensalmente para sua aposentadoria numa conta separada dos outros trabalhadores, como uma poupança. É diferente do sistema atual – de repartição – onde todos contribuem para um fundo que mantém as aposentadorias e demais benefícios previdenciários e assistenciais. Não há uma garantia de que ela estará assegurada mais tarde. É o que está acontecendo no Chile. Passados 38 anos da adoção do regime de capitalização individual, a experiência revelou-se um enorme fracasso. O CASO DO CHILE – Foi o primeiro país a privatizar a Previdência. A reforma aconteceu em 1981, durante a ditadura de lá. Cada trabalhador passou a contribuir com 10% do salário. Os recursos foram aplicados no mercado financeiro por empresas privadas (as Administradoras de Fundos de Pensão – AFP). Elas cobram 1,5% do que foi poupado pelos trabalhadores. Não existe contribuição das empresas e nem do governo. Hoje, 78% das aposentadorias pagas pelas AFPs são inferiores a um salário mínimo e 44% estão abaixo da linha de pobreza. Havia a promessa de que os aposentados receberiam 70% de seu último salário. Hoje, o valor é, em média, 33% do salário dos homens e apenas 25% do salário que recebiam as mulheres. Até a licença maternidade é descontada do fundo da aposentadoria.

OAB é oficialmente contra a PEC de reforma da Previdência A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em conjunto com outras 160 entidades, organizou ato no último dia 14 contra a proposta de reforma da Previdência encaminhada pelo governo federal ao Congresso. O movimento intitulado "Por uma Proposta Justa de Reforma da Previdência - Não à PEC 287/2016", formulou uma carta que destaca a posição contrária das instituições em relação a vários pontos da reforma. Juristas, médicos, auditores fiscais e engenheiros, entre outros, acreditam que a proposta do governo está fundamentada em premissas erradas e contém inúmeros abusos contra os direitos sociais. As mudanças, segundo a carta, “desfiguram o sistema da previdência social conquistado ao longo dos anos e dificulta o acesso à aposentadoria e demais benefícios à população brasileira que contribuiu durante toda a sua vida”. O presidente da OAB Nacional, Carlos Lamachia, entregou a carta ao presidente da comissão especial que analisa a PEC, deputado Carlos Marun (PMDB-MS). No texto, as entidades requerem a suspensão da tramitação da proposta de reforma da Previdência. Elas pedem a realização de uma discussão ampla e democrática com a sociedade, a apresentação de estudos econômicos, atuariais e demográficos completos, e transparência nos dados da seguridade social. Fonte: CUT
Sindemu ajuda associados a declarar o Imposto de renda Educadores filiados ao Sindicato dos Educadores do Município de Uberaba (Sindemu) estão podendo contar apoio na declaração de Imposto de Renda 2019. Os interessados no benefício devem ligar no sindicato (3312-9907) e agendar um horário para atendimento que é feito na própria sede da entidade na Avenida Fidélis Reis. NEGOCIAÇÃO DA CAMPANHA SALARIAL – O encontro entre representantes da PMU e da diretoria do Sindemu foi remarcado para a próxima semana.

Debate na Câmara de Uberaba aponta maldades da reforma – A proposta de reforma da previdência pode trazer graves prejuízos para a população. Os itens que vão atingir de cheio os trabalhadores foram relatados pelo professor e advogado José Elias Rezende Júnior e a professora Valério Morato, presidente do Sinpro Minas e da CTB MG (Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) em Audiência Pública da Câmara de Uberaba no último dia 20. Os vereadores Kaká Se Liga (PR) e Rubério Santos (MDB) participaram do evento. José Elias observou que o projeto de reforma contraria o sistema de Seguridade Social da Constituição. Ele relatou que R$ 1 trilhão que o governo pretende economizar em 10 anos dificultando a aposentadoria e reduzindo os valores recebidos, poderia ser obtido em um ano atacando a isenção fiscal, programas de refinancimanto e sonegação da previdência. Valério Morato apontou que as mulheres – e em especial – as professoras seriam as mais prejudicadas com a mudança e que há necessidade de mobilização contra a reforma.
     
Dieese divulga calculadora da aposentadoria – O Diesse divulgou a calculadora da aposentadoria, a partir da Proposta da “reforma da Previdência” do governo Bolsonaro. Agora você pode ver quanto tempo vai trabalhar a mais para se aposentar. https://www.dieese.org.br/calculadoraaposentado…/index.xhtml  

CONJUNTURA
g DECRETO CORTA 13,7 MIL EM UNIVERSIDADES PÚBLICAS Foram extintos cargos de direção, funções comissionadas de coordenação de cursos e outras gratificações concedidas a professores. Entidades representativas do setor criticam a medida Leia
g A EDUCAÇÃO BRASILEIRA ESTÁ CERCADA, CRITICA FRIGOTTO Alvo de disputas entre bolsonaristas e a ala militar do governo, o setor está no “olho do furacão”, sob ameaça de três fundamentalismos: o religioso, o político e o econômico. Essa avaliação foi feita pelo professor Gaudêncio Frigotto, em entrevista ao Sinpro MG. Leia
g JUSTIÇA: AGROTÓXICO LIBERADO NO BRASIL CAUSA CÂNCER Trata-se do herbicida Roundup, à base de glifosato, principal ingrediente ativo de diversos pesticidas usados em plantações e jardins. A decisão foi de um júri de San Francisco, nos EUA Leia
g MPF QUER ESCLARECIMENTO SOBRE ‘CENSURA’ NO ENEM – O Ministério Público Federal deu um prazo de cinco dias para que o INEP preste informações sobre a comissão instituída pelo órgão do governo para avaliar o conteúdo das questões do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). Leia

Já são 16 milhões de casas sem renda vinda do trabalho Segundo o IPEA, a "lenta recuperação do mercado de trabalho – traduzida na manutenção de uma taxa de desemprego alta e persistente, principalmente entre os menos escolarizados –" leva ao aumento do número de domicílios sem renda de trabalho ou renda muito baixa. No quarto trimestre de 2017, conforme informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad, do IBGE), em 21,5% dos locais pesquisados ninguém havia desempenhado atividade remunerada. Essa parcela subiu para 22,2% em igual período de 2018. Era de 18,6% no final de 2013. "Essas famílias até podem possuir outra renda, como aposentadoria ou proveniente de programas sociais, mas nenhuma fruto do trabalho", afirma uma das autoras do estudo, Maria Andréia Lameiras, pesquisadora do Grupo de Conjuntura do IPEA. Em relação aos domicílios com renda considerada baixa, a participação subiu de 29,8% para 30,1%, na mesma de comparação. E era de 27,5% no último trimestre de 2013. Os dados analisados pelo instituto apontam ainda crescimento da desigualdade salarial. No quarto trimestre de 2014, a renda domiciliar na faixa mais alta (superior a R$ 16 mil por mês) era 27,8 vezes maior que a média da renda muito baixa (menor que R$ 1.601,18). No final do ano passado, a proporção tinha aumentado: era 30,3 vezes maior. Fonte: Rede Brasil Atual.

Imposição de método fônico fere autonomia pedagógica Foi noticiado ontem (20), pelo jornal Folha de S. Paulo, que o Ministério da Educação, via decreto, pretende impor o “método fônico de alfabetização“ para as escolas brasileiras. Trata-se de mais uma medida absurda e autoritária do governo Bolsonaro, que afronta a autonomia pedagógica das escolas, bem como desrespeita a legislação educacional brasileira, da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) ao Plano Nacional de Educação (PNE). Não existe apenas um método de alfabetização e o respeito à diversidade e à liberdade de opção das instituições de ensino e seus educadores é fundamental. O sociólogo e consultor educacional Cesar Callegari, secretário de educação básica do MEC, endossou a crítica, em artigo publicado pela Fepesp. “Mais de 50% das crianças brasileiras chegam ao final do ciclo de alfabetização, aos 8 anos de idade, sem que estejam alfabetizadas. Isso não tem nada a ver com método de ensino. Tem a ver com falta de condições adequadas e falta de vontade e determinação para não deixar nenhuma criança para trás”, ressaltou. Isso evidencia que a preocupação do MEC não é com a alfabetização. O objetivo descarado é opor o método fônico, como destacou Maria do Rosário; ao “método construtivista”, ao “letramento” e ao “método Paulo Freire”. Fonte: Contee

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