domingo, 26 de maio de 2019

Educa.com- 26.05.2019: Estudantes de escolas públicas já são 64,7% nas universidades federais



Edição: Bragança Júnior (MG4731JP)
Uberaba, 26 de maio de 2019Nº 459


POBRES E NEGROS SÃO MAIORIA NAS UNIVERSIDADES
ESTUDANTES DE ESCOLAS PÚBLICAS JÁ SÃO 64,7% NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS

Uma pesquisa nacional coordenada por professores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) mostram que as universidades do Brasil estão com uma nova realidade. Dados de 420 mil estudantes em 63 universidades federais mostram uma revolução: a maioria da população universitária já é preta e parda. Em 15 anos (2003-2018), as ações afirmativas elevaram o percentual de estudantes pretos e pardos de 34,2 para 51,2%. Os pobres são maioria também: 26,61% da comunidade tem faixa de renda mensal familiar per capita de até meio salário mínimo; 26,93% de até 1 salário mínimo; Somados, 70,2% dos/as estudantes são pobres (até 1,5 salário mínimo per capita). Em 2010, esse índice era de apenas 43,7%. Os dados também mostram que as escolas públicas colocam a maior parte dos estudantes nas federais: 64,7% dos universitários federais chegam das escolas públicas e 35,3% chegam de escolas particulares. Em 2003 apenas 37,5% vinham das públicas. Outro dado importante é a escolaridade de mães e pais dos universitários: 66,2% dos pais e 62,7% das mães dos estudantes estudaram até o ensino médio. Ou seja, a maior parte dos estudantes que se formam levam para casa o primeiro diploma de ensino superior da família. Segundo os especialistas as políticas de cotas dos últimos anos ajudam a explicar esta transformação. Com informações da Carta Maior

 

BOA NOTÍCIA
Sindemu reativa seu site: www.sindemu.com.br – O Sindicato dos Educadores do Município de Uberaba está reativando seu site de notícias e informações. O canal traz informes da categoria e da educação, convênios que permite benefícios aos associados e relatos de interesse dos educadores. As informações são inseridas gradativamente. O sítio na internet ajuda a melhorar a comunicação do sindicato, já desenvolvida em página no facebook, o informativo ‘Educa.com’ enviado por e-mail e whats cadastrados e o grupo informativo do whatssap (8804-7180).

     

SindUte cobra pagamento do piso junto ao governo Zema Finalmente aconteceu no último dia 23 a primeira reunião de negociação entre a direção do SindUte e o governo Zema (Novo). A direção dos educadores estaduais cobrou a integralização do pagamento do 13º salário, o pagamento dos salários no 5º dia útil do mês, o cumprimento da Lei do Piso, posse dos concursados, atendimento digno pelo Ipsemg, outros temas. Os representa governo Zema disse “Não” a toda pauta financeira da educação e atrelou o atendimento da pauta de reivindicações à venda do patrimônio público do Estado (Copasa, Cemig, MGS e Prodemge), bem como, a adesão de Minas Gerais ao projeto de recuperação fiscal do governo federal. O Sindicato questionou o governo sobre o pagamento diferenciado do 13º salário e reforçou que o processo de negociação deve se dar de forma a que o Governo apresente alguma alternativa à categoria, com propostas concretas. Cobrou respostas e que elas não se resumam a condicionar o pagamento do que governo deve à educação ao plano de recuperação fiscal. Corte de ponto - Apesar da ausência da Secretária de Estado da Educação na reunião, o Sindicato solicitou a suspensão da Circular 07/2019, que trata do corte de ponto relativo ao dia 22 de março. Ficou encaminhada uma nova reunião para tratar das questões da pauta específica dentro de um prazo de 15 dias. Até a realização dessa reunião, o ponto não será cortado. Fonte: SindUte MG

 

SC: Professor é demitido após trabalhar texto sobre a ditadura O professor de educação física Willian Meister foi demitido da escola Escola Municipal de Educação Básica Oswaldo dos Reis, de Itapema, Santa Catarina, após trabalhar um texto poético sobre o período da ditadura militar com seus estudantes. O caso aconteceu próximo ao 1 de abril, data que este ano marcou os 55 anos do golpe militar ocorrido em 1964, e levou à instauração da ditadura. O professor reservou parte de algumas aulas para ler e debater com as turmas do sétimo e nono anos o texto “Canção para Paulo (A Stuart Angel)”, de Alex Polari, que narra a tortura sofrida por Stuart, filho da estilista Zuzu Angel, morto durante o período ditatorial. O professor explicou que a atividade de leitura era prevista no cronograma escolar. Dias após a atividade, o professor foi advertido pela diretor da escola, que também é presidente do Conselho Municipal de Educação de Itapema. O motivo: o pai de um dos estudantes procurou o gabinete da prefeita para reclamar do texto. A Secretaria de Educação cobrou da escola um relatório para ser entregue ao reclamante. Admitido em caráter temporário pela rede, Meister não teve o seu contrato renovado no fim de abril. Segundo o professor, o diretor anunciou: “procure o RH da prefeitura, seu contrato não será renovado e você não trabalha mais aqui” Fonte: CUT 

 

CONJUNTURA
g  METADE DAS FEDERAIS TERÁ CORTES ACIMA DE 30% – Em algumas universidades, os bloqueios ultrapassam 50% nas verbas discricionárias, que inclui pagamento de água, luz e internet. Leia
g OLIMPÍADA DE HISTÓRIA É PROIBIDA EM COLÉGIOS MILITARES O coletivo de professoras e professores orientadores da XI Olimpíada Nacional de História do Brasil divulgou um manifesto repudiando a decisão do Sistema Colégio Militar do Brasil em proibir os seus alunos de participarem da competição. O texto repudia a decisão do Exército. Leia g CAMPANHA ‘ESCOLA SEM PARTIDO’ AUMENTA O STRESS - Clima de perseguição estimulado pelo governo e Escola sem Partido geram ambiente de permanente tensão, relatam profissionais de centros públicos e privados de São Paulo. Leia

 Justiça derruba projeto que ‘proibia a ideologia de gênero’ - A Justiça declarou inconstitucional uma lei do município de Barueri (SP), que proibia atividades pedagógicas "que promovessem, incentivassem ou fomentassem a ideologia de gênero" nas escolas do município. O relator, desembargador Carlos Bueno, do Tribunal de Justiça do Estado, destacou que houve "usurpação de competência legislativa da União pelo município" e que a norma contraria "a liberdade de ensinar e de aprender, o pluralismo de ideias". O julgamento teve votação unânime. Para o Procuradoria-Geral de Justiça do Estado, que ajuizou a ação de inconstitucionalidade, "cabe à União legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional, e ao prefeito da cidade, tratar de assuntos municipais". O órgão destaca ainda que "a norma é inconstitucional por comprometer a liberdade de orientação sexual e à liberdade de docência". A Lei nº 2.577 de Barueri, de novembro de 2017, proibia "atividades, orientações pedagógicas", e "postulados ideológicos" que "ofendam o direito de crianças e adolescentes à inviolabilidade da integridade psíquica, da identidade biológica de gênero, dos valores, ideais e crenças". Fonte: Agência Estado.

 

Uma em cada cinco meninas se casa antes de 18 anos no Brasil – É o que aponta o estudo “Casamento na infância e adolescência: a educação das meninas e a legislação brasileira”. O casamento infantil é definido internacionalmente como uma união formal ou informal antes dos 18 anos, englobando a infância e a adolescência. A prática afeta principalmente meninas, especialmente entre os pobres. Muitas vezes, leva à gravidez precoce – definida como a de uma menina que se torna mãe antes dos 18 anos de idade e, em alguns casos, o casamento pode ser consequência de uma gravidez. Evidências internacionais e dados do Brasil sugerem que o casamento na infância e adolescência tem impactos negativos na educação e saúde das meninas, reduzindo assim os ganhos na vida adulta. O casamento na infância e adolescência também está associado a maiores riscos de violência por parceiro íntimo e perda de autonomia para as mulheres. Uma das melhores maneiras de acabar com o casamento na infância e adolescência é garantir que as meninas concluam o ensino médio. “Muitos estados brasileiros registraram um aumento nas taxas de conclusão do ensino primário e secundário. No entanto, no Brasil, apenas uma em cada duas meninas conclui o ensino médio hoje”, disse Quentin Wodon, coautor do estudo e economista principal do Banco Mundial. Fonte: Banco Mundial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário