PISO: UBERLÂNDIA PAGA 44% A MAIS QUE UBERABA
Comparação
feita pelo "Educa.com" mostra que uma professora graduada na vizinha
cidade de Uberlândia tem salário 44% maior do que uma do Município de
Uberaba. Os cargos em Uberlândia e Uberaba significam 20 horas semanais
na sala de aula. Em Uberlândia, o salário inicial de uma professora com
graduação equivale a R$ 1469, enquanto em Uberaba o vencimento é de R$
1018. Uma supervisora de Uberlândia tem salário inicial de R$ 1469,
enquanto a de Uberaba recebe R$ 1061. A diferença salarial de um
secretário escolar também é gigantesca. Enquanto Uberlândia paga R$
1331, a Prefeitura local paga de início salário próximo do mínimo. O
único item em que Uberaba tem salário maior que a educação municipal de
Uberlândia é na educação infantil. A profissional do setor recebe de
piso R$ 1174, enquanto a de Uberlândia tem salário de R$ 1095. NEGOCIAÇÃO - Até
agora a Prefeitura local não convidou o Sindemu para negociar o
reajuste salarial deste ano. Pela lei, o piso teria que ter novos
valores a partir do mês de janeiro.
Economia na educação daria para reajustar piso de professora em 23,5% - Esforço
da Secretaria da Educação conseguiu um feito contundente nas contas
municipais. Segundo cálculo da secretária Silvana Elias, a pasta obteve a
economia anual de R$ 9 milhões no setor. Na negociação com o Sindemu
nos últimos dias, a secretária disse que o montante poderia chegar a R$
10 milhões no ano. O "Educa.com" fez os cálculos transferindo essa
economia diretamente para os salários das educadoras. A conta é R$ 10
milhões dividido por 3500 educadores. O resultado anual foi dividido por
dezessete (doze meses + 1/3 de encargos + 13º) e chegou-se a R$ 168
para cada. Parece pouco, mas é o suficiente para traduzir em 23,5% de
reajuste no piso das professoras com formação magistério; 16% no piso
das professoras graduadas e supervisoras; e 14% de reajuste no piso da
educadoras infantis. Esses índices seriam apenas do esforço de economia,
independente do aumento da arrecadação dos impostos, inflação do
período ou plano de recuperação salarial das educadoras. A Secretária,
no entanto, explicou que o reajuste obdece outras condições na PMU. Para
atingir o piso salarial (R$ 1567), as professoras com magistério
precisariam de um reajuste de 100% nos salários.
EDITORIAL
Por que hoje é mais difícil ser gerente ou diretor de escola 1 - Há
cem anos havia poucas escolas. O diretor era nomeado pelos governantes
da época, descritos pela história como a elite rural aristocrática. O
Estado (todos os mecanismos de governo) era uma extensão das vontades e
privilégios de quem chegava ao poder. Explico melhor: a população
aceitava que a elite governante - em geral fazendeiros, juízes ou
médicos ilustres - garantisse pelo Estado todos os privilégios pessoais:
nomear parentes, fazer ações em benefício próprio ou familiares,
subsidiar empresas ou negócios familiares, agradar amigos e até
"enricar" (ficar rico) às custas do dinheiro público. A maior parte da
população ficava excluída dos benefícios do Estado. Vez ou outra, ou
próximo das eleições, recebia presentes do candidato indicado pelos
coronéis. Vamos lembrar que a grande maioria da população era
analfabeta, morava na roça e recebia informações (verdade ou não) só
desse pessoal. Na classificação dos especialistas, esse era o "Estado
patrimonialista". Gerenciar serviço público era garantir os privilégios
da elite. No caso da escola, garantir que os filhos dos ricos (os que
verdadeiramente iam para as escolas) tivessem uma noção básica de
aprendizagem Isso significava um privilégio em relação às outras classes
sociais. Como
instituição da elite, as escolas contavam com apoio direto do poder
público local e pagavam bons salários aos ilustres conhecedores do
saber. Estes professores eram absolutos na sala de aula, no modelo
tradicional. Como regra, aceitava-se bater nos alunos para manter a
disciplina. Um administrador ou letrado conseguia fácil gerir a
instituição de ensino. Anízio Bragança Júnior, artigo do Jornal Expresso.
Sinpro vai à justiça contra a FCETM e mais três escolas de Uberaba - A
direção regional do Sindicato dos Professores (Sinpro MG) decidiu
acionar a justiça para pedir cumprimento da convenção social e da
Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) na Faculdade de Ciências
Econômicas do Triângulo Mineiro (FCTEM). Os professores receberam com
atraso o 13º salário, mas ainda não tem para receber os salários de
dezembro e janeiro (férias). Apesar de uma reunião informal com os
funcionários, a instituição não formalizou acordo com o sindicato,
deixando sem garantias o pagamento em atraso. O sinpro também cobrou
solução para outras denúncias graves: falta de depósito do Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) dos professores desde outubro de
2012, retenção de carteira de trabalho por mais de seis meses e
licenciamento de professores por mais de dois anos sem qualquer acerto
trabalhista. O descumprimento de direitos também vai virar tema judicial
para três escolas particulares da cidade, principalmente por não
depositar o FGTS devido dos funcionários. As ações estão programadas
para chegar ao judiciário ainda nesta semana.
Rede Estadual: Trabalhadores aprovam adesão à greve nacional de 17 a 19 - Os
trabalhadores da rede estadual de ensino aprovaram em assembleia a
participação na greve nacional da categoria por tempo determinado
marcada para os dias 17, 18 e 19 de março, convocada pela CNTE -
Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação. A mobilização tem
como reivindicação principal o pagamento do piso salarial nacional dos
educadores, sonegados pela maioria das prefeituras e governos estaduais,
carreira e jornada de trabalho. Os educadores também querem a aprovação
do Plano Nacional da Educação (PNE) com a destinação de 10% do PIB
(Produto Interno Bruto) para a educação pública. A programação prevê
manifestações regionais, denúncias de irregularidades no Ministério
Público e caravana de mobilização em Brasília.
Fórum convoca entidades para debater mobilização da greve dos educadores- O
Fórum Permanente da Educação de Uberaba está convocando entidades da
área da educação, colegiados de estudantes e universitários para
discutir estratégias de mobilização durante os dias da greve nacional
dos trabalhadores em educação. O encontro prévio vai acontecer na sede
do Sinpro, rua Álfem Paixão, 106, na sexta-feira às 15 horas.
CURTAS
g NEGOCIAÇÃO DO SINPRO - Marcada para esta sexta (7) a negociação entre o Sinpro e o Sinep do Triângulo para debate reivindicações da campanha salarial 2014. g SENTENÇA CONTRA FACULDADE - Previsto para esta semana a divulgação de sentença de primeira instância de ação do Sinpro contra a Fafi e sua sucessora Unesp - Universidade estadual Paulista Júlio Mesquita Filho, unidade de Frutal, por descumprimento da convenção coletiva. g GRÊMIOS ESTUDANTIS - Dezessete diretorias de grêmios escolares tomaram posse coletiva na rede municipal de Uberlândia no último dia 27. As eleições entre os alunos nas escolas foram 100% informatizadas. g CINE OAB NESTE SÁBADO - A história de uma líder feminina na Birmânia é o tema principal do filme "Além da Liberdade" que o cine OAB exibe neste sábado (dia da mulher) às 19h30, seguido de debate com a socióloga Patrícia de Oliveira Prata.
Matrículas em creches aumentam 7,5% - Escolas
municipais e privadas puxam o aumento das matrículas em creches,
segundo dados do Censo da Educação Básica de 2013 divulgados pelo
Ministério da Educação (MEC). O total de matrículas teve um aumento de
7,5% no ano passado em relação a 2012. As escolas municipais e privadas
registraram praticamente o mesmo aumento: 7,56% e 7,47%,
respectivamente. As escolas estaduais apresentaram uma redução em 23,69%
no número de alunos. A educação infantil deve ser oferecida
proritariamente pelos municípios e tem sido destaque nas políticas
governamentais. A meta da presidenta Dilma Rousseff é construir 6 mil
creches até o fim do mandato. A educação até os 4 anos não é obrigatória
no Brasil, mas o estado deve oferecer vagas em creches públicas de
acordo com a demanda. A estimativa do Banco Mundial, de 2011, é que haja
uma demanda não atendida de 1,8 milhão de crianças. Em números
absolutos, as matrículas passaram de 2,5 milhões em 2012 para 2,7
milhões no ano passado. A pré-escola, que passa a ser obrigatória a
partir de 2016, também apresentou crescimento. Passou de 4,7 milhões em
2012 para 4,8 milhões de matrículas em 2013, um aumento de 2,2%. Fonte: Agência Brasil
Matrículas no ensino médio caem em 2013 - As
matrículas no ensino médio em 2013 caíram 0,6% em comparação com 2012,
segundo o Censo da Educação Básica de 2013, passando de 8,37 milhões em
2012 para 8,31 milhões no ano passado. As matrículas mantêm-se
praticamente constantes desde 2007, quando havia 8,36 milhões de
estudantes cursando a etapa de ensino. Segundo o ministro da Educação,
Henrique Paim, o ensino médio ainda é um desafio para o país. "Temos que
fazer com que o ensino médio seja mais atrativo para que a gente possa
matricular mais estudantes", disse Paim. Outro problema apontado pelo
ministro foi a reprovação dos estudantes, que chega a 30% no 1º ano.
"Temos uma retenção nos anos finais do ensino fundamental e temos, no
ensino médio, o desafio de fazer com que os estudantes que ingressam,
concluam. Temos que melhorar o fluxo, reduzindo a reprovação,
especialmente no 1º ano", disse o Ministro. Fonte: Agência Brasil.
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