8,3% SEM PISO: DESCONTENTAMENTO MARCA ASSEMBLEIA
As educadoras do Município de Uberaba reafirmaram o descontentamento da categoria com a comunicação seca da Prefeitura de reajuste de 8,32% nos salários e R$ 50 no tíquete, sem discutir um cronograma para o pagamento do Piso Nacional Salarial. A contrariedade das profissionais da educação foi manifestada em assembleia realizada pelo Sindemu dia 20 de março. As educadoras cobraram no encontro o compromisso do prefeito Paulo Piau (PMDB) com a categoria durante a campanha eleitoral de pagar o benefício. Com o reajuste anunciado, o Município pagará apenas 50% do valor do piso salarial nacional (atualmente R$ 1697) para quem tem escolaridade de nível magistério. O descontentamento também foi manifestado com a quantidade de casos de assédio moral na rede, a falta de livros didáticos e de professores, as contratações de alguns profissionais sem critérios de qualidade e o caos vivido pelas educadoras no desenvolvimento do programa “Escola em Tempo Integral”, entre outros temas.
Uniube começa a pagar
retroativo do extraclasse em abril –
Após a homologação
da ação movida pelo Sinpro cobrando o pagamento do extraclasse, a Uniube deverá
pagar a primeira parcela (de um total de seis) do retroativo do extraclasse
agora no mês de abril. O montante devido dos professores horistas é a soma não
paga (10%) desde 2009, com desconto de 50% conforme acordo para a volta
imediata do pagamento constante na Convenção coletiva. MELHORIA NO PISO – Assembleia do
Sinpro no último dia 19 reforçou a prioridade para melhorias nos pisos
salariais – em especial da educação infantil, rumo à isonomia salarial da
educação básica. Também está no foco das negociações, a melhoria no piso do
ensino superior. As medidas tentam livrar o Triângulo Mineiro do posto de pior
salário regional dos professores da rede particular de Minas Gerais. Os
professores também insistem em 10% de reajuste e vão mostrar ao patronato no
dia 28 que as mensalidades em Uberaba cresceram em média superior aos 10%.
Sinpro debate 50 anos de resistência e luta
do golpe militar no dia 29 – O
Sindicato dos Professores marcou para o dia 29, sábado às 9 horas na sede
regional em Uberaba um debate sobre a resistência e luta durante o golpe
militar no Brasil, que completou 50 anos nos últimos dias. Entre os convidados
para o debate estão Décio Bragança, Pratinha, Guido Bilharinho, Marlene Correia
e Pedro Resende.
EDITORIAL
Extraclasse: o ‘cavalo está
passando arriado’ para o prefeito – Na última semana, a Justiça local
decidiu sobre importante causa para as educadoras de Uberaba. Motivado por ação
do Sindicato (o Sindemu), a sentença determinou que a Prefeitura passe a pagar
o tempo que as profissionais dedicam à preparação de aulas e estudo. Parece
meio sem sentido, mas até hoje as professoras não recebem pelo trabalho
efetuado em casa (extraclasse). Esse trabalho foi reconhecido na lei nacional
do piso salarial em 2008 na proporção de 1/3 de toda a jornada de trabalho. O
ex-prefeito Anderson Adauto (PMDB) não deu bola para a lei e o atual Paulo Piau
(PMDB) dizia não poder pagar. O Sindicato foi à justiça, que determinou o
pagamento imediatamente do benefício. Até cabe recurso e a tentativa de ganhar
tempo. Mas por outro lado, está nas mãos do prefeito a oportunidade de criar um
forte elemento para melhorar de qualidade na educação. Afinal, como cobrar
qualidade se a preparação de aulas e correção de provas é trabalho gratuito? Melhorar
a educação é caminho longo. Mas não tem como passar pelas condições mínimas de
trabalho dos educadores. Pagar o extraclasse dos educadores - conforme a lei-,
é condição mínima básica para galgar qualquer patamar melhor na qualidade do
ensino. Os grandes gestores não pensam apenas em obras físicas. Eles reconhecem
o valor de obras sociais que deixam marcas para o futuro. Passar a
remunerar a preparação de aula e estudo dos educadores é condição inédita para
a melhoria do ensino. "O cavalo está passando arriado!" Será que o
prefeito vai aproveitar? Anízio
Bragança Júnior
Vereadores repudiam obrigação de carteira de trabalho para estudar à noite – Os vereadores de Uberaba aprovaram esta semana uma moção de repúdio ao governo do Estado contra as novas regras de funcionamento e matrícula do ensino médio noturno. A nota diz que a obrigação de carteira assinada para jovens acima de dezesseis anos prejudica e dificulta a vida dos estudantes que cumprem atividades de trabalho para ajudar em casa. O texto foi aprovado após participação da coordenadora geral do Sindicato em Uberaba, Maria Helena Gabriel, na tribuna livre da Câmara. O caso também já foi levado à Assembleia Legislativa, mas o governo se mantém irredutível com o novo modo de funcionamento. A medida proporciona um mega enxugamento nas despesas do setor.
Greve de servidores afeta ao menos doze universidades federais - Funcionários técnico-administrativos decidiram entrar em greve nesta
semana em ao menos doze universidades federais. Entre elas, a UFTM. A
convocação é da Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores
Técnico-Administrativo em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil),
que representa cerca de 180 mil trabalhadores. A categoria busca o
cumprimento total do acordo de greve de 2012. Entre as reivindicações dos
servidores estão a implementação da jornada de 30 horas semanais, contagem
especial do tempo de serviço para trabalhadores com insalubridade,
aprimoramento da carreira, revogação da criação da Ebserh (Empresa Brasileira
de Serviços Hospitalares) e abertura imediata de concursos públicos. Fonte: Uol Educação
CURTAS
g 700 debatem plano
de carreira – Com seis
representantes eleitos de cada escola, 700 profissionais da educação da rede
municipal de Uberlândia debateram o plano de cargos e carreira no último dia 14
no Sabiazinho. Foi o II Fórum da Educação sobre o tema. g 1/3
extraclasse no Município – O
procurador do Município, Paulo Salge, anunciou que a Prefeitura irá recorrer da
decisão de 1ª instância que condenou o Município a pagar imediatamente o 1/3 de
atividade extraclasse na jornada de trabalho das educadoras de Uberaba. Por
enquanto, a decisão continua valendo e a prefeitura terá de pagar multa diária
pelo descumprimento
Greve Nacional termina com ato em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília
- Cerca de 2500 professores e funcionários da
rede pública de todos os estados brasileiros participaram de ato em frente ao
Congresso Nacional no último dia 19 de março, no terceiro dia da greve nacional
dos trabalhadores da educação. A pauta da greve é objetiva: cumprimento da lei
do piso, carreira e jornada para todos os trabalhadores, investimento dos
royalties de petróleo em valorização, votação imediata do Plano Nacional de
Educação, destinação de 10% do PIB para a educação pública, rejeição da
proposta dos governadores de reajuste do piso só pela inflação (INPC).
Uma marcha saiu
pela Esplanada em direção ao Palácio do Planalto, num protesto pacífico pela
valorização do educador e a garantia de uma escola pública de qualidade. O
objetivo foi de pressionar o Planalto para conseguir uma audiência com a
presidente Dilma Rousseff.A CNTE estima a adesão de 65% da categoria. Isso
representa quase 2 milhões de educadores e mais de 30 milhões de estudantes da
educação básica. O fim da greve nacional, entretanto, não significa volta às
aulas. Muitos estados vão continuar paralisados. Fonte: CNTE
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